sábado, 1 de março de 2008

Madonna aos 50s


Nos embalos de celebráveis 25 anos de carreira, Madonna se reinventa perenemente para manter-se em voga. No ano em que também completa cinco décadas de vida, em 16 de agosto, a cantora e compositora norte-americana se articula em várias frentes para se lançar em joviais desdobramentos. A eterna material girl, que surgiu como prodígio no disco nominal de 1982, impõe o estilo lady britânica
Enquanto a vida pessoal caminha em fase mais tranqüila e sem tantas polêmicas, a diva mega star Madonna movimenta artimanhas profissionais que ganham os holofotes festivos pela chegada da nova idade e diversos projetos. A marketeira de primeira, já pelejou como atriz, se fez autora de livros infantis e se equilibra no corpo e mente talhados pela Yôga e na Cabala, passando até por lifting facial para compor melhor os acontecimentos que marcarão o determinante ano. Novidades estão na baila.

No início de fevereiro, Madonna foi ao Festival de Cinema de Berlim para lançar o primeiro trabalho como diretora no curta Filth and Wisdom, filme de baixo orçamento com cerca de 45 minutos, que rodou em Londres. Exibido fora da competição, a fita traz no tom cômico os bombásticos ideários de Mad sobre sexualidade e religião, sob a atuação de outros protagonistas, como Eugene Hützz, músico da banda Gogol Bordello, que já a acompanhou em concerto no estádio londrino de Wembley.

Um dos fatos que mais chama a atenção no filme é o provável lançamento na Internet, tornando-se assim um dos pioneiros a cair direto na grande rede. A cantora já admitiu estar em negociações com o iTunes para uma parceria que deve disponibilizar os downloads na web. Um jogo de cintura que também dribla a recepção do filme pela crítica, que foi negativa em sua maioria, inclusive equiparando ironicamente às performances dela como atriz à "tão boa quanto atuação como cineasta".

Mad não esmorece, e disse em Berlim que já trabalha em mais um projeto cinematográfico, ainda sem nome, classificado pela artista como "uma narrativa sobre duas personagens históricas e outras duas ficcionais, cujas vidas se cruzam no passado e no futuro". Também no campo cinematográfico, ela é a produtora do documentário I Am Because We Are, em que revela a crua realidade trágica dos cerca de um milhão de órfãos africanos no Malawi, cujos pais morreram contaminados pela Aids e que ganham os enlevos amortecedores do projeto Raising Malawi, também criado por Madonna.

No caso de I Am Because We Are, a película em documentário já recebeu em primeiras avaliações as vistas de ser "devastador e surpreendente". Mas Madonna é notável mesmo no campo performático-musical e integra em 10 de março a cerimônia que coloca suas marcas entre os novos nomes do Hall da Fama no Rock & Roll, ao lado de John Mellencamp, Leonard Cohen, do The Ventures e The Dave Clark Five, que ficarão em exposição permanente no museu em Cleveland, Ohio. Depois de mais de 200 milhões de álbuns vendidos até hoje pela Warner, o último disco da musa pela gravadora deve sair até abril, batizado como Licorice e com 16 faixas.

O novo álbum vem em ritmo dance, urbano, funky e hip hop, com sonoridades R&B em tempero para uma balada, quem sabe ainda com batidas house e melodias hindus, a nova paixão da artista desde o seu fim de ano luxuoso na Índia. O disco traz participações do rapper Kanye West, de Justin Timberlake em 4 Minutes to Save the World, que inclui Timbaland no hypado time de produtores, junto a Pharrell Williams e Danja. Os escapes na Internet já vazaram canções como Candy Shop, The Beat Goes On e Give it to Me, mas o 11º disco de Mad também agita curiosos no recado à ex-pupila Britney Spears com a faixa e remix de Britney Dont Do It.

A Warner fará ainda festa como dona do vasto catálogo da artista ao lançar rentáveis produtos, como uma compilação comemorativa dos 25 anos de carreira da sua maior diva e um best of tipo a Immaculate Collection, que já vendeu mais de 30 milhões de cópias. Ainda em junho, a gravadora lança o livro Madonna Confessions, relativo à turnê The Confessions Tour, que em 60 shows arrecadou mais de US$ 190 milhões e já ganhou em fevereiro o Grammy de Melhor Performance em Vídeo Longo. Na saída da Warner, Mad queria relançar suas canções na Web e bater o recorde de baixas do rei Elvis Presley. A ânsia pode colidir com percalços contratuais, antes da artista fincar temporada de 10 anos na Live Nation, pela qual deve gravar novo álbum só em 2010.

O aniversário em 16 de agosto pode valer da então cinquentona Madonna a comemoração da carreira e vida ao revisar sucessos e novos hits em mais uma tour, que deve estrear fora dos EUA. Mas o aniversário da Material Lady pode também ter mega festa pública no Central Park, em Nova York, com espetáculo gratuito e transmitido pela TV, antes de virar DVD, entre outras celebrações do fôlego da artista. Os fãs de Madonna já devem começar a poupar para renderem tantos festejos...

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